50 Melhores Faixas Nacionais de 2012

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20.20-thiago-pethit-pas-de-deuxThiago Pethit
Pas De Deux

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Antes mesmo de Thiago Pethit começar a cantar em “Pas de Deux”, já podemos ver, na ambientação e nos timbres do piano, como a produção de Kassin não deu apenas revestimento à música de Pethit, mas também facilitou o polimento do que é essencial na música do cantor. “Pas de Deux” mostra um músico seguro dos seus passos e escolhas. (Matheus Vinhal)

19.19-sobre-a-maquina-8Sobre A Máquina
Oito

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O primeiro single do terceiro disco do Sobre Máquina se chama “Oito”, mas poderia tranquilamente se chamar “20 Jazz Funk Greats”. Aprofundando influências que eram mais citadas do que realizadas nos disco anteriores, “Oito” posiciona o projeto de Cadu Tenório e Emygdio Costa de maneira mais marcante no terreno industrial. E, por consequência, posiciona o Sobre a Máquina como um dos projetos mais promissores da música experimental nacional. (César Márcio)

18.19-rodrigo-campos-general-geralRodrigo Campos
General Geral

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Ao longo dos seus 7 minutos de duração, “General Geral” é uma espécie de panorama de “Bahia Fantástica”. Transparecendo uma calma que evidencia a confiança em seu trabalho, Campos soa completamente seguro de si e de sua música. Nada em seu som é forçado, afetado. Seja nos temas de suas letras, no andamento calmo mas desperto de toda a canção ou na sua voz sussurrada, Rodrigo nos leva pelo caminho desses sete minutos de música com cuidado e segurança, como se fosse ele mesmo uma imagem do próprio “capitão general sem porquê” de quem a canção fala. (Matheus Vinhal)

17.19-letuce-fio-soltoLetuce
Fio Solto

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Chega até ser uma injustiça com “Manja Perene” escolher “Fio Solto” como sua música representante. Se aquele é um disco de casal, essa é uma canção de só mulher, dela e com ela mesma. Letícia até costuma introduzir a música em shows dizendo que “alguns homens podem não entender”. No entanto, se o entendimento não é possível liricamente para todos, uma coisa é perfeitamente inteligível: há muito o que se aplaudir nesse rock que é a cara do Letuce em 2012. (Livio Vilela)

16.20-sexy-fi-looking-asa-sulSexy Fi
Looking Asa Sul, Feeling Asa Norte

[Ouça]

A imagem que o Sexy Fi cria de Brasília em “Looking Asa Sul, Feeling Asa Norte” é tão profunda e aterrorizante que o canto suave de Camila Zamith e a sequência primorosa de riffs e solos de guitarra da faixa pode se mostrar o caminho mais simples e fácil para um ouvinte desatento. Mas “Looking Asa Sul, Feeling Asa Norte” é o retrato difuso de uma cidade cujo principal problema (– o de seus verdadeiros habitantes) não são seus políticos, como o resto do país insiste em acreditar, mas toda uma vida vazia, feita de dissimulação e fingimento. (Matheus Vinhal)

15.15-qinho-maciabahiaQinho
Macia Bahia

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O que é mágico em “Macia Bahia” é como Qinho usa referências saídas de uma coleção da Osklen para fazer uma obra que desperta alguma empatia. A faixa começa com o que suponho ser uma cítara, num ritmo zen que é quebrado pela entrada da bateria e da guitarra djavaneante de Qinho. Já no início da letra parece que tudo está indo ladeira abaixo, mas quando chega o refrão é quase impossível deixar “Macia Bahia” de lado. (Livio Vilela)

14.14-jair-naves-pronto-para-morrerJair Naves
Pronto Para Morrer (O Poder De Uma Mentira Dita Mil Vezes)

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A maioria das canções de Jair Naves têm os mesmos personagens limítrofes de “Pronto Para Morrer”, e mesmo assim todas elas estão fadadas a soarem pálidas em comparação. Para alguém que que a melancolia quase derrotista virou marca, essa é uma saudável mudança de ares: uma canção de enfrentamento tão boa que chega até a funcionar como metáfora para mudança que a carreira de Jair vem vivenciando ultimamente. (Livio Vilela)

13.13-curumin-passarinhoCurumin
Passarinho

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Russo Passapusso entregou a Curumin algo que não parecia ser a essência de “Arrocha”, terceiro disco do baterista, cantor e compositor. “Passarinho” é um refrão imenso. É uma das faixas que nos leva a perguntar quão cegos são os programadores de rádio do país. É uma música pra colar no seu benzinho, chamar pro corpo e apagar a luz do baile. (Yuri de Castro)

12.12-o-terno-66O Terno
66

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A galera que toca rock no Brasil gosta de história. Muitas bandas novas ficam presas a influências do passado e não transgridem. Irônicos, os paulistas d’O Terno satirizam a polícia das referências em “66”. E mesmo presos a uma estética sessentista, conseguem romper com o lugar comum colocando na letra a sua quebra. Com isso, eles dinamizam sua música e constroem uma novidade curiosa. As guitarras acompanham os versos de Tim Bernardes como se fizessem parte da pontuação da frase. Assim, eles são engraçados sem forçar e fogem da apatia e do blasé. A lição quando não é sacal, diverte. (Túlio Brasil)

11.11-lucas-santtana-ela-e-belemLucas Santtana
Ela É Belém

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A maior qualidade de “Ela É Belém” é que, num contexto em que se tem tudo pra desembocar em uma música vazia, Lucas Santtana crie uma cancão cheia. Na introdução meio austera, na batida inconfundível, nos barulhinhos eletrônicos, nos respiros lentos que a faixa dá, não há nada além da tensão entre o descartável e o eterno, entre a música pra pista e a expressão de algum tipo de peso – a criação, enfim, de uma realidade paralela em que tudo de duro, puro, sujo e besta numa cidade é tomado de solenidade. “Ela É Belém” não é tanto do Brasil quanto de outro mundo, o melhor tipo de música: a extraterrestre. (Rafael Abreu)

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